Em relação à probabilidade de desenvolver uma determinada doença todos temos um risco mínimo que varia de pessoa para pessoa. Algumas apresentam maior probabilidade que outros devido a diversos factores ambientais e hábitos de vida, mas também devido a factores de susceptibilidade genética.
O património genético é determinado com a fecundação e é
específico de cada indivíduo.
Os conhecimentos já obtidos da análise do genoma humano permitem já hoje ter informação sobre a forma como os nossos genes influenciam o desenvolvimento e a progressão de algumas doenças da idade adulta, bem como conhecer alguns dos mecanismos responsáveis pelo processo de envelhecimento.
Sabe-se actualmente que certas “variantes” de genes, conhecidas por polimorfismos, podem ter efeitos, negativos ou positivos, na esperança de vida de cada um, reduzindo ou aumentando o risco para várias doenças degenerativas, com reflexo na nossa qualidade de vida.
A susceptibilidade genética às doenças, é o resultado de múltiplos factores de inter-relação complexa, de carácter poligénico (vários genes) e multifactorial. Os factores ambientais e hábitos pessoais de vida podem ter efeitos negativos ou positivos, sendo o efeito final para cada indivíduo o resultado das várias influências dos factores genéticos e dos factores ambientais.
O conhecimento da nossa susceptibilidade genética às doenças do adulto possibilita a actuação da medicina preventiva de forma orientada e personalizada, com o objectivo de as evitar ou retardar melhorando o seu prognóstico e reduzindo a sua gravidade.
Não podemos modificar os nossos genes, mas podemos modificar os seus efeitos sobre a nossa saúde, modificando os nossos hábitos e os estilos de vida.